Folha de S. Paulo


Visita de Dilma à Colômbia serve para aproximar blocos regionais, diz ministro

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, disse, ao chegar a Bogotá com a presidente Dilma Rousseff na noite desta quinta-feira (8), que a visita de Estado à Colômbia servirá para aproximar os dois principais blocos comerciais da América Latina.

"O desafio é aproximar os países da bacia do Pacífico do Mercosul", afirmou Monteiro, numa referência à Aliança do Pacífico, formado por Colômbia, Peru, México, Chile e Costa Rica, e ao bloco integrado por Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela.

"O relativo afastamento que existe aqui na América do Sul entre esses dois blocos é exatamente o que queremos reverter ao construir essa ponte", disse, na véspera do encontro da comitiva brasileira, nesta sexta-feira (9), com o presidente colombiano, Juan Manual Santos, e empresários locais.

O governo brasileiro vem sendo criticado por ter priorizado o Mercosul, cuja consolidação patina, em vez de buscar alianças com zonas comerciais mais dinâmicas.

Na segunda-feira (5), doze países selaram a Parceria Trans-Pacífico (TPP, na sigla em inglês), histórico acordo comercial entre Estados Unidos, Japão e outros dez países no Pacífico. A TPP deve favorecer a Aliança do Pacífico, segundo analistas.

Monteiro afirmou que um dos principais objetivos da visita da presidente Dilma à Colômbia é acelerar acordos comerciais bilaterais.

"Com o Chile já temos comércio desgravado, falta acelerar a desgravação com Peru e Colômbia", afirmou, prevendo a entrada em vigor de isenções tarifárias totais com os colombianos até 2017.

O ministro disse que, nesta sexta, serão assinados acordos bilaterais nas áreas automotiva e de compras públicas.


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