A Mitsubishi manteve as demissões realizadas na fábrica de Catalão (GO) e fez acordo com o sindicato dos metalúrgicos da região para conceder benefícios trabalhistas, além dos direitos garantidos na rescisão de contrato, a 600 demitidos.
A empresa não detalha o acordo, mas, segundo o sindicato, a montadora vai pagar abono fixo de R$ 3.000 a cada demitido, além de conceder dois meses de vale alimentação e PLR (Participação nos Lucros e Resultados) integral aos dispensados.
Pelo acordo da categoria, a empresa pode pagar apenas 50% da PLR, caso o trabalhador seja demitido.
A primeira parcela da participação nos lucros, de R$ 4.000, está prevista para ser paga em novembro. O valor da segunda vai depender do cumprimento de metas, segundo informou o sindicato.
Os metalúrgicos demitidos fizeram uma assembleia em frente ao prédio da Vara do Trabalho de Catalão, onde ocorreram as negociações, e aprovaram o acordo negociado nesta terça.
Segundo o sindicato, ainda está sendo negociada a reintegração de alguns trabalhadores dispensados que têm estabilidade garantida - caso de integrantes da Cipa (Comissão interna de prevenção de acidentes) ou portadores de doença profissional.
"Os demitidos também terão prioridade nas próximas contratações", informou o sindicato.
A negociação foi iniciada na segunda-feira e retomada nesta terça (6), com a mediação do Ministério Público do Trabalho.
"A queda de 21,4% nas vendas de automóveis entre janeiro e agosto impôs à MMC Automotores do Brasil um ajuste no quadro da fábrica de Catalão (GO), onde são produzidos 85% dos modelos vendidos no país", informou a montadora.
A empresa afirma ainda que "empreendeu todos os esforços possíveis para preservar o nível de emprego e prestará todo o apoio aos colaboradores desligados".
A companhia investiu R$ 1,3 bilhão na unidade industrial entre 2010 e 2015 e informa que mantém "os planos de lançamentos de novos produtos no mercado nacional".