Folha de S. Paulo


Comércio de São Paulo deve ter novas demissões nos próximos meses

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Marcas de moda brasileira abrem mercado na Bolívia. Mais de 15 grifes nacionais se uniram para abrir uma loja temporária em Santa Cruz de la Sierra e outras já estão inaugurando unidades definitivas, como é o caso da Dudalina, que acaba de abrir duas neste mês e se prepara para mais uma inauguração em outubro. Foto: Divulgacao ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
Mulher vendo peças de roupa em uma loja; comércio paulista deve ter novas demissões

Os efeitos da crise sobre o comércio da região metropolitana de São Paulo ainda não chegaram ao fim e devem provocar novas demissões nos próximos meses, segundo estimativas de empresários ouvidos em levantamento mensal da FecomercioSP.

A disposição dos comerciantes em expandir seus negócios e em contratar mais funcionários atingiu em setembro seu menor patamar (66,8 pontos), segundo o IEC (Índice de Expansão do Comércio), indicador da entidade cuja série histórica teve início em 2011.

A queda do IEC foi de 0,7% em relação a agosto e de 34,4% na comparação com setembro do ano passado.

Neste mês, os dois subíndices que compõem IEC, tanto a expectativa de contratação de funcionários quanto o nível de investimentos das empresas, seguiram na trajetória de queda.

O indicador de contratação de funcionários apresentou estabilidade de 0,2% no mês, mas caiu 36,6% na comparação anual, atingindo 75,1 pontos.

De acordo com a FecomercioSP, em setembro, 68,8% das cerca de 600 empresas entrevistadas disseram que pretendem reduzir seu quadro de funcionários nos próximos meses.

O cenário é ainda pior no setor de bens semiduráveis, em que a parcela dos que pretendem demitir chegou a 75,3%.

A pretensão de investir em ampliação de instalações e aquisição de equipamentos também não dá sinais de recuperação. O recuo foi de 1,7% na comparação com agosto e de 31,4% em relação a setembro de 2014.

Segundo a FecomercioSP, do total das empresas entrevistadas na pesquisa, 76,5% estão investindo menos agora do que fizeram no ano passado. O setor de bens duráveis, cujas vendas despencaram nos últimos
meses, é o que mais sentiu o impacto, com 80,5% dos empresários do setor tendo reduzido a injeção de investimentos.

Na área de semiduráveis, essa proporção ficou em 77,1%.


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