Folha de S. Paulo


Governo concorda em baixar parcela a ser desviada do Sistema S

Pedro Ladeira/Folhapress
Coletiva dos Ministros Nelson Barbosa e Joaquim Levy sobre corte de gastos. Foto: Pedro Ladeira/Folhapress
Ministros Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento) em entrevista coletiva

Depois de reunião no Senado, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse que a discussão com o Congresso do ajuste para reduzir o deficit de R$ 30,5 bilhões do Orçamento deste ano será difícil.

O ministro se reuniu com o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), o líder do PMDB, Eunício de Oliveira (CE) e o senador Romero Jucá (PMDB-RR).

Segundo o ministro, os projetos que integram o pacote fiscal já estão prontos. A Casa Civil, no entanto, se reúne nesta terça para discutir mudanças com entidades patronais da indústria.

O governo concordou em baixar de 30% para 20% a parcela da contribuição de empresas ao Sistema S que será desviada para cobrir o rombo da Previdência. Os dirigentes da CNI, Fiesp e Firjan, porém, não consideram a mudança suficiente.

PT X JUROS

Sob a condução do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o conselho do PT voltou a criticar o ajuste fiscal e decidiu levar à presidente Dilma Rousseff a proposta de redução da taxa de juros e taxação de grandes fortunas.

Convocados pelo presidente do PT, Rui Falcão, os participantes fizeram um diagnóstico de que o ajuste fiscal afasta os movimentos sociais. Segundo um dos presentes, não há como levar as bases do PT para as ruas sem uma sinalização positiva.

Lula criticou a política econômica do governo Dilma. Embora tenha reafirmado a disposição de viajar pelo Brasil em defesa da presidente, disse que o ajuste fiscal afugenta a base social e que os movimentos sociais ficarão sem discurso caso não haja mudanças na política econômica. Ficou acertada uma reunião de governadores em defesa da CPMF.


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