A inadimplência em escolas particulares de São Paulo de educação infantil, ensino fundamental e médio voltou aos níveis da crise econômica de 2009.
Segundo dados do Sieeesp (sindicato das escolas do Estado), em julho, o índice médio que mede a falta de pagamentos dos pais estava em 13,70% na cidade de São Paulo. No mesmo período do ano passado, era 8,35%.
Em julho de 2009, o indicador foi 13,40%. Em setembro daquele ano, 14,30%.
No Estado de São Paulo, a inadimplência em julho foi de 8,37%, ante 7,31% no mesmo mês de 2014.
Segundo Benjamin Ribeiro da Silva, presidente do sindicato, além da crise, o aumento do desemprego fez a inadimplência subir.
O QUE FAZER
A orientação é que os pais procurem as escolas para negociar. Essa também é a recomendação de Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da Proteste.
Os pais não podem ser incluídos em listas de cadastro negativo —ou seja, se forem procurar vagas em outras escolas, estas não podem exigir atestado de quitação da instituição anterior. A escola anterior também não pode reter documentos que impeçam o aluno de ser transferido.
Dolci lembra que a instituição não pode impedir o aluno de participar das atividades escolares e ele não pode sofrer constrangimentos por causa da dívida.
Para Fátima Lemos, assessora técnica do Procon-SP, a escola tem, porém, a opção de não renovar a matrícula.