Folha de S. Paulo


Nos aeroportos do Galeão e Confins, obras sob gestão privada atrasam

Em agosto, os aeroportos do Galeão, no Rio de Janeiro, e Confins, em Belo Horizonte, completaram o marco de um ano sob administração da iniciativa privada.

Somados, eles receberão cerca de R$ 9,1 bilhões ao longo do período de concessão —de 25 anos no Galeão e 30 em Confins.

Nos primeiros 12 meses, ambos estiveram às voltas com obras em atraso que eram responsabilidade da Infraero. O Galeão assumiu parte dessas reformas, que incluíam a instalação de esteiras rolantes entre os terminais de passageiros e novas posições de check-in. Outras frentes, como a instalação de um novo sistema de distribuição de bagagens, estão em negociação com a estatal.

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Aeroporto

A concessionária Rio Galeão, que administra o aeroporto carioca, cumpriu o primeiro cronograma: a entrega de uma área de segurança nas cabeceiras das pistas (uma espécie de "acostamento" ao fim das áreas de pousos e decolagens) até dezembro do ano passado.

A próxima etapa prevista em contrato é a de terminar o novo edifício-garagem do aeroporto até dezembro deste ano. O contrato exige 1.850 vagas para essa etapa. Segundo a concessionária, serão entregues 2.700.

O Galeão estará sob forte escrutínio no primeiro semestre do ano que vem porque será um dos principais pontos de chegada das delegações que participarão dos Jogos Olímpicos.

Até 30 de abril, a concessionária que administra o aeroporto precisará entregar obras que somam R$ 2 bilhões em investimentos. "Já cumprimos 60% dessa programação e estamos dentro do cronograma", diz Antônio Pinto, diretor de engenharia do consórcio Rio Galeão.

IMBRÓGLIO

Em Confins, a reforma e ampliação do terminal 1, com dois anos de atraso, virou um imbróglio jurídico. O consórcio responsável pelas obras anunciou sua saída do projeto, mas a decisão foi contestada na Justiça pela Infraero —e, sem definição, o trabalho está paralisado.

A Secretaria de Aviação Civil pediu que a BH Airport fizesse uma proposta para assumir também esse investimento. A concessionária entregou um plano, mas, até agora, não houve resposta.

Nos próximos dez anos, Confins receberá R$ 1,5 bilhão em investimentos.

Metade desse montante será gasta até 2016, para quando está programada a entrega do novo terminal 2. A estrutura vai elevar a capacidade do aeroporto para 22 milhões de passageiros por ano, o dobro da atual.


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