O Banco Central deu indicações de que deve manter em setembro a mesma estratégia de intervenções no câmbio que foi utilizada até o final de agosto.
A instituição sinalizou nesta sexta-feira (28) que deve renovar 100% dos contratos de câmbio que tem vencimento no começo de outubro.
Esses contratos equivalem à venda futura de dólares e são o principal instrumento de intervenção cambial do governo. Nos contratos de swap cambial, o BC oferece ao mercado proteção contra a valorização do dólar.
Quando a moeda norte-americana tem alta, o investidor é remunerado. Se o dólar cai, o BC tem ganho com a operação. Três anos após o lançamento do maior programa brasileiro de intervenções no câmbio, os prejuízos com as operações já somam R$ 86 bilhões.
O BC informou também que vai renovar empréstimos de reservas internacionais em dólar por mais alguns meses, dependendo da demanda do mercado. O valor total do leilão que será realizado na próxima segunda-feira (31) pode chegar a até US$ 2,4 bilhões.
Esse montante está próximo do valor dos contratos que venceriam no início de setembro. Eles foram negociados na última vez que o BC fez uma operação desse tipo, em março deste ano. Na ocasião, foram ofertados US$ 2,5 bilhões.
