Folha de S. Paulo


Aécio critica governo e diz que o pior na economia ainda está por vir

O senador Aécio Neves (MG), presidente do PSDB, criticou nesta sexta-feira (28) a gestão do governo na política econômica do país. Para ele, a queda de 1,9% do PIB (Produto Interno Bruto) no segundo trimestre "traduz o desastre econômico em curso no Brasil".

Para o tucano, "o pior ainda está por vir". "O olhar equivocado da presidente, apontando uma "travessia", infelizmente, não enxerga e reconhece o deserto de oportunidades, de perspectivas e de esperança", afirmou em nota.

"Quem fingiu não saber da crise, hoje finge que governa", completou, ironizando a admissão da presidente Dilma Rousseff de que errou na avaliação da situação econômica durante a campanha eleitoral do ano passado, demorando a perceber a gravidade da crise.

O resultado do PIB, medida da produção de bens e serviços do país, confirmou que a economia brasileira está em recessão. A queda foi de 1,9% no segundo trimestre frente aos três primeiros meses do ano, e de 2,6% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Com isso, o valor total fica em R$ 1,428 trilhão.

PIB - Trimestre X trimestre imediatamente anterior, em %

"As estatísticas representam o cotidiano de dificuldades que os brasileiros enfrentam em seu dia a dia: preços em disparada, desemprego em ascensão, renda em queda livre, endividamento recorde, empresas em falência, desalento.", criticou.

Para o senador Ronaldo Caiado (GO), líder do DEM no Senado, o cenário atual é de "terra arrasada". Representante do setor agropecuário, o senador afirmou que o balanço é preocupante para a área, que era uma das que ainda "demonstrava vigor mesmo com a crise mas que já apresenta retração de 2,7% quando comparada ao trimestre anterior".

"Dilma conseguiu derrubar até a agropecuária conforme havíamos alertado. O cenário é de terra arrasada para esse e para o próximo ano. Indústria, investimentos, consumo das famílias, tudo ladeira abaixo. E advinha o que subiu? O consumo do governo. Os avanços dos últimos anos na economia estão seriamente comprometidos e esse governo não tem condições nem capacidade de mudar esse cenário", afirmou.


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