Das seis maiores instituições bancárias no país, só o Banco do Brasil irá oferecer o limite maior para o crédito consignado do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
Em meados de julho, o governo federal ampliou de 30% para 35% a margem consignável para os segurados da Previdência. Desse total, 30% podem ser destinados para o empréstimo com desconto direto na folha de pagamento e os outros 5% vão para o cartão de crédito.
Entre instituições públicas e privadas, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú, HSBC e Santander informaram que não pretendem comercializar a modalidade de cartão de crédito, que amplia a margem de contratação.
Apenas o Banco do Brasil disse estar se ajustando "aos atuais parâmetros", com previsão de liberar o limite maior nesta semana.
"Antes da MP, os beneficiários do INSS dispunham de até 30% de margem para realização de empréstimos consignados, dividida entre gastos com crédito pessoal e cartão de crédito. Quem não utilizava o cartão, poderia comprometer até 30% da sua renda com o empréstimo pessoal", informou a Previdência, em comunicado.
Os últimos dados organizados pela pasta, de setembro do ano passado, apontam para o crescente uso do consignado. Entre janeiro e agosto de 2014, o empréstimo direto em folha representou mais de 99% das contratações no país. Apenas 1% foi com o cartão.
Segundo o economista da FGV, Samy Dana, as instituições públicas costumam oferecer melhores taxas. "Agora, entretanto, será preciso garimpar em financeiras menores", afirma.
O beneficiário, lembra Dana, não está obrigado a contratar o empréstimo pelo mesmo banco em que recebe sua aposentadoria.
Atualmente, as taxas máximas são de 2,14% ao mês, para o empréstimo, e de 3,06% ao mês, para o cartão consignado. O segurado deverá ficar atento, pois a taxa contempla todos os custos da operação de empréstimo ou cartão de crédito, ou seja, o custo efetivo.
