Folha de S. Paulo


EUA revisam para 3,7% crescimento do PIB no segundo trimestre

EPA
Segunda leitura do PIB americano mostra crescimento de 3,7% no 2º trimestre
Segunda leitura do PIB americano mostra crescimento de 3,7% no 2º trimestre

O governo americano revisou nesta quinta-feira (27) para cima o PIB (Produto Interno Bruto) do segundo trimestre para crescimento de 3,7%, em vez dos 2,3% anteriormente previstos.

Com essa taxa, aumentam as chances de o Federal Reserve, o banco central americano, aumentar, na próxima reunião, em setembro, a taxa de juros, mantida próxima de zero desde a crise de 2008.

A instabilidade gerada pelo enfraquecimento da economia chinesa poderá, no entanto, conter os ânimos.

O segundo trimestre, encerrado em junho, foi forte em investimentos, gastos do governo e consumo nos Estados Unidos.

A iniciativa privada mostrou otimismo ao investir em construção, equipamentos e pesquisa e desenvolvimento. Segundo cálculo do jornal "Wall Street Journal", houve uma expansão de 3,2% nessa categoria, ante a estimativa anterior de 0,6% negativo.

A conta é a somatória anualizada de bens e serviços produzidos pelo país. No Brasil, o cálculo é feito em relação ao período anterior.

O PIB do primeiro trimestre americano havia sido previsto inicialmente com uma queda de 0,2% e depois revisto para 0,6% positivo.

LUCROS

Os lucros das empresas, descontados impostos, cresceram 5,1% no segundo trimestre em relação ao período anterior.

Os estoques também cresceram para US$ 121,1 bilhões, somando 0,22 ponto porcentual ao PIB. O governo americano havia dito anteriormente que essa fatia limitara o crescimento da economia.

Na revisão, os gastos com consumo cresceram 3,1% ante os 2,9% anteriormente previstos, refletindo o otimismo dos americanos com a economia. No primeiro trimestre, o consumo avançou 1,8%.

As exportações de bens e serviços aumentaram 5,2% no segundo trimestre e as importações, 2,8%.

Os gastos do governo se expandiram em 2,6% –a estimativa anterior apontava para 0,8%. Com isso, a taxa apresentou o melhor desempenho desde 2010.

Possível segunda revisão do PIB do segundo trimestre é esperada para 25 de setembro.


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