Folha de S. Paulo


Banco Central da China corta juros e libera bancos para emprestarem mais

Wu Wei/Xinhua
(150709) -- BEIJING, julio 9, 2015 (Xinhua) -- Un hombre camina frente a una escultura de un toro en un distrito de negocios en Beijing, capital de China, el 9 de julio de 2015. Las bolsas chinas cerraron el jueves al alza con el Indice Compuesto de la Bolsa de Shanghai, el de referencia, ascendiendo un 5.76 por ciento respecto al día anterior de transacciones para situarse en 3,709.33 enteros, mientras que el Indice Compuesto de la Bolsa de Shenzhen subió un 4.25 por ciento, quedándose en 11,510.34 enteros. (Xinhua/Wu Wei) (rtg)
Homem caminha em frente a estátua de touro em Pequim

O banco central da China reduziu as taxas de juros em 0,25 ponto percentual e, ao mesmo tempo, afrouxou as taxas de depósito compulsório —o valor que os bancos são obrigados a reter como reserva— pela segunda vez em dois meses nesta terça-feira (25), aumentando o apoio à economia fraquejante e ao mercado acionário, cuja forte queda reverberou ao redor do mundo.

As Bolsas europeias abriram com leve alta e responderam positivamente após o anúncio das medidas, em especial as ações de mineradoras. Às 9h45, Londres tinha alta de 2,88%, para 6.069 pontos; Frankfurt, de 4,40%, para 10.073 pontos; Paris, de 4,51%, para 4.580 pontos; Madri, de 3,74%, para 10.121 pontos; e Milão, de 4,74%, para 21.418 pontos.

Com as reduções, a taxa de juros para empréstimos passará a ser de 4,6% ao ano, vigente já a partir desta quarta (26). A taxa de depósito cairá para 1,75% anuais.

Além disso, a taxa do depósito compulsório foi reduzida em 0,5 ponto percentual, para 18,0%, para a maioria dos grandes bancos —em vigor a partir de 6 de setembro.

Segundo o jornal americano "Wall Street Journal", que adiantou na segunda o movimento do governo chinês, a queda de 0,5 ponto percentual do compulsório potencialmente disponibiliza 678 bilhões de yuans (US$ 106,2 bilhões) para os bancos emprestarem.

Perfil do investidor

Um dos principais motivos imediatos para o desabamento de 8,5% na Bolsa de Xangai desta segunda-feira havia sido a falta do anúncio de um novo pacote de estímulos durante o final de semana, que se seguiu a uma semana de queda de 11,5% nas Bolsas.

Na ausência de novas medidas por parte do governo até o fechamento do pregão desta terça, que fecha antes por causa do fuso-horário, o principal índice da Bolsa de Xangai encerrou o dia em queda de 7,63%, impactando o resto das Bolsas asiáticas. Desde seu pico, em 12 de junho, a queda acumulada da Bolsa de Xangai é de 42%.

DESACELERAÇÃO

A perda de valor das ações segue sinais de desaceleração da economia chinesa, cujo PIB aumentou 7% no segundo trimestre de 2015 —o crescimento de 7,4% em 2014 já havia sido o menor desde 1989.

A desconfiança sobre o país aumentou após o Banco Central chinês ter flexibilizado a cotação da moeda no dia 11 de forma que o yuan se tornasse mais suscetível às variações de mercado. Desde então, a instabilidade gerada fez com que os mercados de ações globais perdessem mais de US$ 5 trilhões em valor.

Naquele dia, a taxa de referência para a variação do preço da moeda foi desvalorizada em 2%, o que significou uma desvalorização de fato de 1,81% do yuan. Foi a maior depreciação da moeda desde o fim do câmbio fixo, em 2005. Ela foi seguida por mais dois dias de quedas.

Apesar de o governo chinês classificar a desvalorização como pontual, o mercado levantou a suspeita de que ela duraria mais tempo, e indicava uma forte preocupação com a desaceleração da economia do país -um yuan mais fraco tende a tornar os produtos do país mais baratos para o resto do mundo e, consequentemente, a aumentar as exportações.


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