Folha de S. Paulo


Dívida pública federal cresce 0,78% em julho e chega a R$ 2,6 trilhões

A dívida pública federal, que inclui os endividamentos interno e externo do governo, manteve a trajetória de elevação no mês de julho, apresentando crescimento de 0,78% na comparação com junho, chegando a R$ 2,603 trilhões. Os dados foram apresentados pelo Tesouro Nacional nesta segunda-feira (24).

O resultado considera a soma das dívidas que o Tesouro contraiu com a venda de títulos públicos para financiar os déficits no orçamento. O volume de resgates de títulos superou o de emissões em R$ 19,82 bilhões. Houve também acréscimo de R$ 40,08 bilhões da dívida em juros.

O estoque da dívida interna aumentou 0,52%, somando R$ 2,475 trilhões em julho. A dívida externa cresceu 6,14%, totalizando R$ 128,72 bilhões no período.

As instituições financeiras continuam com a maior parte dos papéis emitidos, com 25,96% do total. Logo atrás estão os fundos de investimento, com 19,85%. Já o volume de investidores estrangeiros que possuem títulos do Tesouro no mercado interno caiu, passando de 20,04% em junho para 19,56% em julho.

De acordo com o coordenador-geral de operações da divida pública do Tesouro, José Franco, a queda na participação de não residentes é mais volátil. Entretanto, ele avalia que o impacto de notícias do cenário externo na gestão da dívida pública federal é pequeno.

"De fato há um cenário externo bastante volátil nos últimos dias. Mas na gestão da divida pública isso afeta pouco. A participação de investidores não residentes não é crucial, embora seja relevante", afirmou.

Na composição da dívida interna, a parcela dos títulos com remuneração prefixada caiu de 44,05% para 42,93%. Já a participação de títulos indexados a índices de preços subiu de 34,23% para 34,72. A participação de títulos remunerados por taxa flutuante também subiu, de 21,14% para 21,71%.

Considerando o acumulado em 12 meses, o custo médio da dívida em títulos emitidos pelo Tesouro no mercado interno chegou a 13,26% ao ano, ante 12,88% em junho. No fim de 2014, o custo médio era de 11,51%.


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