Folha de S. Paulo


Brasil perde meio milhão de vagas com carteira assinada desde janeiro

Em mais uma indicação de retração da atividade econômica, em julho o mercado de trabalho com carteira assinada no Brasil fechou 157.905 vagas.

Desde que o levantamento começou a ser feito, em 1992, só uma vez houve diminuição no saldo de vagas em um mês de julho: em 1998.

Naquele ano, no entanto, o fechamento foi bem menor: 21,5 mil postos.

O número de vagas reduzidas em julho foi o maior deste ano e elevou a 494,4 mil a perda de postos de trabalho formais no ano. Foi o quarto mês seguido de eliminação de postos com carteira assinada no país.

Sem carteira - País perde 157,9 mil postos de trabalho em julho

A região Nordeste foi a que, proporcionalmente, mais perdeu empregos formais, com o fechamento de 190,4 mil vagas no ano, ou 2,8% do estoque do final de dezembro.

A indústria foi o setor da economia que mais fechou vagas no mês, tanto em números absolutos (64,3 mil postos), quanto em relação ao estoque de empregos no setor no mês anterior (-0,8%).

Serviços (-58 mil), comércio (-34,5 mil) e construção civil (22 mil) também tiveram cortes expressivos, enquanto o setor agropecuário contratou mais do que demitiu (24,5 mil), por questões sazonais.

Emprego - Saldo de vagas em julho, em mil

O Sudeste perdeu 1,2% das vagas no período, enquanto o Centro-Oeste foi a única região com saldo positivo de empregos (0,89%).

Nesta quinta-feira (20), o IBGE informou que o desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do país aumentou para 7,5% em julho, ante 6,9% no mês anterior, refletindo a elevação do número de pessoas que procuram ocupação.


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