Folha de S. Paulo


Parlamentares cobram do governo 'virada de página' do ajuste fiscal

Pedro Ladeira - 17.mar.2015/Folhapress
O senador Romero Jucá (PMDB-RR), durante sessão do Congresso Nacional, em Brasília (DF)
O senador Romero Jucá (PMDB-RR), durante sessão do Congresso Nacional, em Brasília (DF)

O senador Romero Jucá (PMDB-RR) defendeu nesta segunda-feira (10) que o governo "vire a página" do ajuste fiscal. O parlamentar defende a votação do projeto de desonerações ainda nesta semana e espera que o governo inicie a discussão de projetos que retomem o crescimento do país.

Jucá afirmou que o ajuste fiscal não resolve na íntegra os problemas brasileiros, e que o país precisa de uma agenda que possa retomar a credibilidade do governo e dar previsibilidade para a economia.

"[Isso] para que nós tenhamos a condição de ter investimentos, manter empregos, e portanto, virar essa página de dificuldade que o país está vivendo hoje", disse o senador.

"Sempre defendemos uma agenda de animação econômica, de retomada do crescimento, de uma sinalização para os agentes econômicos, do horizonte de dificuldades que o Brasil vai ter que passar", afirmou.

A estimativa é que ideias mais concretas sobre essa agenda pós ajuste sejam apresentadas entre 15 e 20 dias.

Já o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), defendeu uma agenda ampla, que não seja restrita a assuntos econômicos.

"A agenda tem que tratar de tudo, da reforma do estado, da coalizão, da sustentação congressual. Esse modelo político, essa coalizão, ela já se esgotou no tempo. É preciso dar fundamento ao ajuste, a agenda da retomada do crescimento, e sinalizar claramente com relação ao futuro do Brasil e construir convergência em torno desse futuro", afirmou.

Renan defendeu que novas ideias sejam apresentadas baseadas em equilíbrio fiscal. Para exemplificar, ele citou aprovação de uma PEC que proíbe autorização de novos gastos sem correspondente fonte de pagamento.

"Isso dá logica ao equilíbrio fiscal. Estamos tentando criar no Congresso a instituição fiscal independente, que é a maneira de colocar lógica em reivindicações corporativas", afirmou.


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