Folha de S. Paulo


Fundo de capital protegido é opção razoavelmente segura à Bolsa

Quem quer aproveitar o preço baixo das ações, mas teme quebrar a cara na Bolsa, pode aplicar nos fundos de capital protegido, uma opção de investimento razoavelmente segura em tempos de instabilidade nos mercados. Eles rendem quando a Bolsa sobe, mas asseguram que o investidor não perca o valor aplicado em caso de baixa.

Os fundos de capital protegido captaram R$ 575,35 milhões neste ano até 28 de julho, já descontados os resgates, segundo a Anbima (associação de entidades de mercado). Caso o cenário se mantenha, a expectativa é que 2015 seja o primeiro ano com captação positiva desde 2009.

O Citibank e o Santander possuem mais da metade dos 67 fundos de capital protegido hoje no país, segundo a Anbima, com patrimônio líquido total de R$ 3 bilhões. Para Eduardo Forestieri, superintendente de distribuição de investimentos do Citibank, a grande vantagem é a previsibilidade.

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A recomendação, no entanto, é ficar na aplicação até o vencimento. Se o investidor se desfizer das cotas antes disso ficará sujeito ao preço estabelecido pela marcação a mercado -em que o valor de venda é atualizado diariamente pela diferença entre a taxa de juros do momento e a de emissão do papel.

Para garantir o capital aplicado, esses fundos investem uma boa parte dos recursos em renda fixa. "É um percentual em torno de 80%, mas que pode variar. É esse capital que vai recompor o principal investido pelo cliente", afirma Aquiles Mosca, da gestora do Santander.

Além da fatia destinada à renda fixa, o restante do capital é aplicado em produtos mais arriscados de alto potencial de valorização, como ações e commodities.

No banco Santander, o investimento mínimo é de R$ 5.000, enquanto no Citibank é de R$ 25 mil.

Antes de aplicar, no entanto, é preciso prestar atenção a taxas e regras específicas de cada fundo. Há opções que não permitem ao investidor se desfazer da aplicação antes do vencimento. Já outras cobram taxas de saída, além das taxas de administração.

"Quem aplica nesses fundos deve destinar ao produto um dinheiro que não será necessário no médio prazo, em 12 ou 24 meses, no mínimo", completa Forestieri.


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