Os fundos eletrônicos negociados diretamente na Bolsa, conhecidos como ETFs (Exchange Traded Funds, em inglês), ultrapassaram o patrimônio dos fundos de hedge no mundo pela primeira vez no final do semestre.
Esses fundos detinham um total mundial de US$ 2,971 trilhões em ativos, segundo pesquisa ETFGI, que mede o segmento. Os fundos de hedge também cresceram, mas em apenas US$ 30 bilhões, para US$ 2,969 trilhões, de acordo com a Hedge Fund Research.
Infográfico Rendimento de EFTs no 1º semestre
Organizados para acompanhar índices de ações e títulos, os ETFs tiveram uma disparada de popularidade nos últimos anos, devido ao seu baixo custo e formação de preços transparente.
Os fundos permitem que os investidores comprem e vendam uma cesta de ações ou um índice sem que tenham de adquirir as ações ou títulos ligados a eles.
Os ETFs e outros fundos com gestão menos ativa floresceram diante de um panorama de forte estímulo financeiro patrocinado pelos bancos centrais dos EUA e da Europa, uma política que em geral estimulou o preço dos ativos nos últimos anos.
Isso vem representando um desafio para os administradores ativos como os fundos de hedge e outros investidores que cobram tarifas altas com base em sua capacidade de prever os movimentos do mercado.
Muitas dessas instituições registraram retornos mornos recentemente, e ficaram defasadas diante da alta nas ações e títulos dos EUA.
O índice S&P 500 registrou retornos de 13,69% em 2014, de acordo com a S&P Dow Jones, ante 3,30% para o índice ponderado HFRI, que acompanha o desempenho dos fundos de hedge.
Ao contrário dos ETFs, que podem ser comprados e vendidos a qualquer momento do pregão, os fundos de hedge seguram o dinheiro do investidor por anos. Os investidores em fundos mútuos também enfrentam demora para sacar seu dinheiro.
Os investidores em ETFs incluem fundos de hedge, além de consultores financeiros que representam pessoas de alto patrimônio e investidores de varejo, atraídos pelo baixo custo e a facilidade de executar transações.