Dirigindo-se a uma reunião do governo grego para discutir o voto de "não" na Grécia no domingo, o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, disse que manter o país na zona do euro "ainda é o objetivo deles e o meu".
A população grega votou em plebiscito no domingo pelo "não" às condições dos credores europeus para a liberação de verbas. Segundo Dijsselbloem, isso tornou as negociações mais difíceis.
O presidente do Eurogrupo manifestou, no entano, esperanças de que o processo pode ser salvo.
"Isso não nos traz mais perto de uma solução imediatamente. De fato, quando as propostas são rejeitadas isso só torna as coisas mais difíceis."
Nesta segunda, o ministro das Finanças grego, Yanis Varoufakis, renunciou ao cargo, no que pode ser um movimento no sentido de melhorar a base para negociações —Varoufakis vinha adotando um tom de desafio frente aos credores.
O Banco Central Europeu se reúne hoje para decidir se estenderá a assistência emergencial de liquidez (ELA, na sigla em inglês) aos bancos gregos. O BCE já injetou 89 bilhões de euros no sistema bancário da Grécia, mas a assistência foi suspensa na semana passada.
Sem nova ajuda da instituição, os bancos gregos podem ver suas reservas evaporarem em poucas horas se as agências reabrirem nesta terça. Informações extra-oficiais colocam essas reservas agora em 500 milhões de euros, ou cerca de 45 euros por cabeça, neste país de 11 milhões de habitantes.
Após a vitória do "não" às condições dos credores no plebiscito grego por 61% dos votos, a Comissão Europeia anunciou que respeita o resultado da consulta popular e indicou que seu presidente, Jean-Claude Juncker, consultará dirigentes de instituições europeias na segunda-feira (6) para decidir os próximos passos do bloco.
A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e o presidente da França, François Hollande, pediram a convocação de uma cúpula europeia extraordinária para a próxima terça-feira (7).