Folha de S. Paulo


Analistas alertam para 'efeito manada' em mercado de ações

A valorização recente de algumas ações, como as da Petrobras, costuma despertar o que o mercado chama de "efeito manada", em que os investidores perdem a racionalidade na avaliação do potencial de lucro das empresas.

Nesses momentos, muitos acabam esquecendo de que o timing para aderir a um determinado papel pode ter passado ou que uma alta adicional fica cada vez menos provável após uma valorização generalizada.

Editoria de Arte/Folhapress

No caso da Petrobras, a valorização de 23% no ano das ações preferenciais (sem voto) e de 38,2% das ordinárias (com voto) foi baseada mais em especulações em torno da publicação do balanço atrasado de 2014 do que no aumento da produção e da distribuição de combustíveis.

Com pouco tempo para estudar balanços e notícias envolvendo as empresas, o pequeno investidor deve fugir de papéis com preços instáveis. "Hoje, para comprar uma ação, tem que ser muito seletivo. De 2002 a 2008 foi fácil ganhar dinheiro na Bolsa porque tinha um grande fluxo de estrangeiros e um otimismo com a economia", diz Raymundo Magliano Neto, da corretora Magliano.

Em cenários especulativos, Samy Dana, professor da FGV (Fundação Getulio Vargas), orienta o investidor a procurar alternativas de menor risco que surgem com a alta dos juros, como o Tesouro Direto.


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