Folha de S. Paulo


Ações de bancos caem até 5% após aumento de imposto sobre lucro

As ações dos bancos e das seguradoras brasileiras tiveram forte queda nesta sexta (22), primeiro dia de negócios após o aumento da alíquota da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) do setor de 15% para 20%.

As principais perdas foram das ações do Banco do Brasil, que recuaram 5,2% e fecharam a R$ 23,35.

As ações preferenciais (sem voto) do Itaú Unibanco tiveram baixa de 2,11%, para R$ 35,30. Já as ações preferenciais do Bradesco recuaram 2,12%, para R$ 28,10, enquanto os recibos de ações do Santander tiveram baixa de 1,02%, para R$ 16,56.

Entre as seguradoras, as maiores baixas foram das ações da Sul América (-4,69%, para R$ 13,63), seguidas por Porto Seguro (-4%, para R$ 35,80) e BB Seguridade (-3,34%, para R$ 33,83).

Para Erivelto Rodrigues, presidente da Austing Ratings, os bancos deverão repassar o aumento de custos para os consumidores, na forma de tarifas e de margens maiores nos empréstimos. "Vai tornar o crédito ainda mais caro, aprofundando a recessão", disse.

Na avaliação do BTG Pactual, os bancos conseguirão contrabalançar o aumento do imposto com créditos tributários. Já a equipe do UBS estima um impacto médio negativo no lucro por ação de 7,8% para os bancos, sendo que para o BB as perdas poderiam chegar a 9%.

O Credit Suisse avaliou em relatório que o aumento na CSLL pode gerar, em média, queda de 5,4% no lucro dos bancos e de 5,6% no lucro das seguradoras em 2016.

O recuo dessas ações levou a baixa de 1,33% no Ibovespa, principal índice da Bolsa, que somou 54.377 pontos.


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