Folha de S. Paulo


Agência de classificação de risco reduz Eletrobras a grau especulativo

Depois de rebaixar a Petrobras, em fevereiro, a agência de classificação de risco Moody's puniu nesta quinta-feira (21) mais uma estatal brasileira, ao retirar da Eletrobras o chamado grau de investimento, espécie de atestado de que a empresa é boa pagadora de suas dívidas.

A Eletrobras passou a figurar entre as empresas com grau especulativo, mesma situação em que se encontra a Petrobras no termômetro da Moody's.

Na prática, a Eletrobras passa a ter mais dificuldade para conseguir financiamento, pois investidores tenderão a cobrar mais para emprestar dinheiro a ela.

A Moody's reduziu a nota em moeda estrangeira da empresa de Baa3 para Ba1 e também colocou o rating sob revisão para um possível novo rebaixamento.

Ao justificar o rebaixamento, a Moody's informou que as métricas de crédito da Eletrobras não eram condizentes com o grau de investimento, mesmo após a melhora financeira registrada no primeiro trimestre.

Durante o período de revisão do rating, a Moody's irá avaliar a capacidade da Eletrobras de melhorar ainda mais as margens operacionais, assegurar o financiamento de longo prazo para a maioria de seus projetos de energia e melhorar a sua posição de liquidez, disse a agência em comunicado.

A Eletrobras mantém o grau de investimento na Standard & Poor's. Na Fitch, está na categoria especulativa.


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