Folha de S. Paulo


Folhainvest responde: qual opção de longo prazo supera a poupança?

A pergunta foi enviada pelo leitor C.V.C., de Mauá (SP).

RESPOSTA DE MICHAEL VIRIATO, PROFESSOR DO INSPER E CERTIFIED FINANCIAL PLANNER

A poupança é uma das piores alternativas. A maioria dos investidores tem acesso fácil a melhores opções, mas, por desconhecimento, comodidade ou má orientação, acaba por decidir pela caderneta.

A poupança possui quatro características utilizadas para justificar o seu investimento: isenção de Imposto de Renda, ausência de taxas, baixo valor de aplicação e garantia do FGC (Fundo Garantidor de Créditos).

No longo prazo, títulos públicos do Tesouro Direto, por exemplo, conseguem superá-la em tudo. Além de mais seguros, de terem baixo valor de aplicação, de seu rendimento ser superior ao da poupança, mesmo após taxas e impostos, o investimento ainda permite melhor diversificação entre títulos prefixados, pós-fixados e referenciados à inflação.

O investidor poderia aplicar mensalmente em Tesouro Selic o valor de R$ 30. A rentabilidade desse título é dada pela taxa Selic (juro básico), hoje em 13,25% ao ano.

Há duas taxas sobre o investimento: a CBLC, de 0,3% ao ano, e a cobrada pela corretora, que pode atingir até 2% ao ano. Mesmo considerando as maiores taxas dos grandes bancos e a maior alíquota de IR (22,5%), a rentabilidade líquida do investimento no Tesouro Selic seria de 8,41% no ano, maior que a da poupança.


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