Folha de S. Paulo


Mais endividada que concorrentes, Petrobras tenta evitar rebaixamento

Menor e ainda mais endividada, a Petrobras segue distante das grandes petrolíferas globais e pode deixar o grupo das empresas com finanças consideradas saudáveis, chanceladas pelo chamado grau de investimento das agências de risco –ela perdeu o aval da Moody's, mas mantém o selo de boa pagadora por Fitch e S&P.

Com uma dívida de US$ 106 bilhões (pelo câmbio médio de 2014), ela precisaria de 4,77 anos para conseguir quitá-la.

Editoria de arte/Folhapress

O indicador, formado pela divisão da dívida líquida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, que indica a capacidade de geração de caixa), mostra o grau de conforto com que uma empresa gere as obrigações financeiras.

Esse cálculo leva em consideração que o volume de recursos em caixa, o volume de geração de caixa e o endividamento permaneçam inalterados no período.

Até 2013, a Petrobras demoraria 3,5 anos para saldar sua dívida. Para analistas, o patamar ideal seria de até 2,5 anos. Já as agências de risco teriam um limite de até cinco anos para a estatal perder o grau de investimento.

A americana ExxonMobil, por exemplo, levaria menos de seis meses para saldar sua dívida (0,48 ano).

A britânica BP demoraria pouco mais de um semestre (0,64 ano).

E isso sem considerar o passivo (até o terceiro trimestre de 2014) de R$ 43,8 bilhões com o Petros, o fundo de pensão dos funcionários da Petrobras, referentes a contribuições devidas que a estatal terá de saldar no futuro.


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