Folha de S. Paulo


Levy pretende fazer propaganda das mudanças econômicas do país ao FMI

O Brasil está passando por um ano de transição, mas já está implementando as reformas necessárias e deve voltar a crescer. Essa é a mensagem que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, passará em discurso endereçado ao Comitê Monetário e Financeiro Internacional (IMFC, na sigla em inglês) do FMI, neste sábado (18).

"Desde o último encontro do IMFC, o Brasil adotou um novo conjunto de políticas para recuperar o equilíbrio fiscal e preparar a economia para um novo ciclo de investimento e crescimento", diz o texto, dividido em 30 itens.

"O ano atual é um ano de transição para a economia brasileira, em que estamos comprometidos com uma rápida reversão da situação fiscal rumo a índices de dívida estáveis e, eventualmente, em queda."

De acordo com o ministro, as políticas implementadas pelo governo consideram tanto o cenário incerto para a recuperação global quanto a necessidade de reajuste fiscal e retirar as medidas contra cíclicas para lidar com o fim do ciclo de commodities.

No discurso, Levy que dirá que, para além do ajuste fiscal, o governo também trabalha com o Congresso em uma agenda de mudanças estruturais para melhorar o clima dos negócios, aumentar a produtividade e determinar os preços corretamente para estimular o investimento.

"Dada a diversidade de nossa força de trabalho, o vigor do setor privado brasileiro e a solidez do sistema financeiro do Brasil, nós esperamos uma realocação relativamente rápida de recursos e a recuperação do crescimento, impulsionada pelas exportações crescentes, entre outros fatores", diz o texto.

POTENCIAL

Nesta sexta, o diretor departamento do FMI para o Hemisfério Ocidental, Alejandro Werner, afirmou que o Brasil passa por sua desaceleração econômica mais séria desde o início dos anos 1990.

Ele citou fatores que contribuem para isso a incerteza elevada, problemas de produtividade, e o impacto da investigação da Petrobras.

O Fundo reduziu sua estimativa de crescimento potencial para o país de 3% para 2,5%. "Olhamos para fatores que contribuem para a capacidade produtiva. E, se você olhar para o Brasil, há muitos fatores que são problemas e existem há muito tempo, produtividade, clima dos negócios", disse o vice-diretor do departamento, Krishna Srinivasan.

Segundo ele, seria preciso que governo brasileiro fizesse reformas estruturais para elevar a taxa.


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