Folha de S. Paulo


Receita de serviços tem 12ª queda mensal descontada a inflação

O setor de serviços teve queda de 7,8% em seu faturamento real (descontada a inflação) em fevereiro comparado ao mesmo mês de 2014, a 12ª queda consecutiva do indicador mensal.

Os dados são da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) com base em informações sobre o setor divulgadas nesta quinta-feira (16) pelo IBGE.

Segundo o IBGE, o setor de serviços teve queda de faturamento nominal (sem descontar a inflação) de 0,8% no mês comparado com o mesmo do ano anterior –o segundo mês seguido de desaceleração. É o pior resultado desde que a pesquisa passou a ser feita pelo IBGE, em 2012.

Para calcular a a variação real, a CNC desconta desse valor a inflação do setor para o período, de 8,6%.

Serviços

Para o período de 12 meses terminado em fevereiro a alta nominal foi de 4,7%. O valor fica abaixo da inflação geral para o período, de 7,7% segundo o IPCA, o índice oficial.

Ainda em relação a fevereiro do ano passado, três dos cinco segmentos do setor registraram variações positivas na receita nominal: serviços prestados às famílias (6,8%), serviços profissionais, administrativos e complementares (3,6 %) e serviços de informação e comunicação (0,6%).

Houve queda em transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio (-1,9%) e outros serviços (-0,2%).

VAREJO E INDÚSTRIA TÊM QUEDAS

A desaceleração no setor de serviços não é um fator isolado.

Também o volume de vendas no varejo teve queda em fevereiro, de 3,1% na comparação com o resultado do mesmo mês em 2014, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) com base na sua Pesquisa Mensal do Comércio, divulgada na última terça-feira (14).

É o pior resultado na comparação com o resultado do mesmo mês do ano anterior desde agosto de 2003, quando havia sido registrado tombo de 5,7%.

A produção da indústria também caiu em fevereiro deste ano em relação à do mesmo mês de 2014 em 12 dos 15 locais pesquisados pelo IBGE. Em São Paulo, principal polo industrial do país, a retração foi de 8,5%, resultado um pouco melhor do que média nacional (-9,1%).


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