Folha de S. Paulo


Ford abre programa de demissão voluntária e congela salários até 2016

Com a desaceleração das atividades no setor automotivo brasileiro, a montadora Ford, em medida de contenção de gastos, fechou um acordo com os trabalhadores de sua fábrica em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, que prevê o congelamento dos salários até 2016 e o anúncio de um Programa de Demissão Voluntária (PDV).

O acordo foi aprovado com o Sindicato dos Metalúrgicos.

Em contrapartida, a montadora oferecerá um abono salarial em 2016 e garantia estabilidade até 2017 aos trabalhadores que permanecerem.

A empresa não informou quantos trabalhadores pretende desligar por meio do PDV e disse, além dos que aderirem ao programa, os 80 funcionários que possui já são aposentados serão desligados compulsoriamente.

O presidente do Sindicato dos Metalurgicos do ABC Paulista, Rafael Marques, disse que a proposta ajuda a categoria a atravessar este ano de instabilidades econômicas com garantias aos trabalhadores.

"A aprovação [do acordo] tira de cena ameaça de insegurança em relação ao emprego", afirmou.

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro minimizou as demissões nas montadoras e disse que a crise "passa longe" do setor.

Como plano de recuperação, os trabalhadores da fábrica aguardam o início da produção de novos produtos na unidade e a extinção de serviços que são atualmente terceirizados ainda neste ano.

"Nesses próximos dois anos vamos debater com a fábrica a vinda de novos investimentos e produtos. Queremos trazer de volta a produção do segmento de pick-ups e novas versões do New Fiesta", disse Marques.


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