Pelo segundo mês consecutivo, a taxa de desemprego subiu nas seis maiores metrópoles do país. Em fevereiro o índice foi de 5,9% –ele havia sido de 5,3% em janeiro, e de 4,3% em dezembro.
Quando comparada com fevereiro de 2014, a alta da taxa de desemprego foi de 0,8 pontos percentuais.
Os números são resultado da PME (Pesquisa Mensal de Emprego) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), apresentada nesta quita (26).
Esse resultado de 5,9% está acima das projeções de economistas compiladas pela agência Bloomberg.
A mediana (ponto central entre todas as estimativas, descartando as maiores e as menores) dessas estimativas apontava para uma taxa de 5,7%.
O número de pessoas ocupadas, 22,7 milhões, caiu 1% frente a janeiro e cresceu 0,9% se comparado com o mesmo mês de 2014.
Já o total de desempregados ficou em 1,4 milhão, com alta de 10% em relação a janeiro e com aumento de 14,1% ante fevereiro de 2014.
Ao longo de 2014, a taxa de desemprego se manteve nas menores marcas da série histórica do IBGE, com uma média anual de 4,8%.
Em parte, isso aconteceu pela procura reduzida por trabalho, pois com a economia desaquecendo há um desestímulo à busca por uma vaga.
O crescimento da renda familiar nos últimos anos serviu como um "lastro" para que pessoas em idade para estarem economicamente ativas aguardassem oportunidades melhores e se dedicassem a outras atividades, como o estudo ou o cuidados da casa e dos filhos.
Quem deixa de procurar vaga não é considerado desempregado.
REGRAS PARA SEGURO-DESEMPREGO
Fevereiro foi o último mês em que vigoravam as regras antigas para solicitar o seguro-desemprego.
Até o dia 28 daquele mês, o trabalhador precisava ter permanecido no mínimo seis meses no emprego antes do desligamento para pedir o benefício.
A partir de março, só quem trabalhou durante pelo menos 18 meses consegue obter o seguro. Uma alta nos desligamentos pode ter influenciado o resultado.