A Petrobras informou que seu Conselho de Administração aprovou a renovação do contrato da PwC (PricewaterhouseCoopers) para prestação de serviços de auditoria contábil neste ano e em e 2016. O aval foi dado na sexta-feira (27), em reunião do colegiado, mas divulgado apenas nesta segunda-feira (2).
O assunto foi um dos principais temas discutidos. O prolongamento do contrato da auditoria PwC (PricewaterhouseCoopers) por mais dois anos tem o objetivo de dar continuidade ao trabalho para depuração dos valores dos ativos atribuídos à corrupção.
A empresa de auditoria pediu um valor anual de 147% acima do que a estatal vinha lhe pagando entre 2012 e 2015. A empresa cobrava R$ 19 milhões por ano e, agora, pleiteia R$ 47 milhões, apurou a Folha. Oficialmente, a estatal não informou as cifras em comunicado distribuído ao mercado.
A PwC tem se recusado a assinar o balanço até que a Petrobras consiga chegar a um número crível para que se dê baixa, nos ativos, dos valores pagos como propina e lançados indevidamente como investimento no balanço da companhia –que até agora não teve o aval da auditoria independente.
O número encontrado por duas consultorias em conjunto com a antiga direção da estatal em janeiro, de R$ 88,6 bilhões, foi descartado pelos conselheiros -e sua divulgação irritou o governo.
Conselheiros independentes da estatal têm criticado a renovação sem licitação. A atual diretoria defendeu que, no cenário atual, será difícil contratar outra auditoria disposta a realizar a tarefa.