Folha de S. Paulo


Depois de quatro horas, motoristas encerram protesto em São Paulo

Depois de quatro horas e quinze minutos de protesto, cerca de 30 caminhoneiros que protestavam andando em baixa velocidade pela Marginal Tietê, em São Paulo, encerraram a manifestação no Parque Novo Mundo, neste domingo (01).

O protesto que teve início por volta das 11h30 e passou pelas marginais Tietê e Pinheiros nos dois sentidos.

De acordo com a CET, o movimento provocou trânsito intenso, mas sem congestionamento.

Segundo a assessoria da Nova Dutra, que monitora o movimento junto com a Polícia Rodoviária Federal, o protesto teve início na altura do bairro Vila Maria, na capital, e seguiu pela Marginal Tietê.

O grupo de caminhoneiros seguiu em direção à Marginal Pinheiros e foi até a ponte Transamérica. Depois, a carreata regressou pela marginal.

Às 14h30 os caminhoneiros passaram na altura da Ponte dos Remédios, sentido Nova Dutra.

Às 15h40, o grupo passou pela Ponte da Vila Guilherme e, por fim, dispersou no Parque Novo Mundo.

Segundo a Nova Dutra, o movimento foi organizado pelos donos de uma oficina de suspensão a ar na Vila Maria, que fez a convocação por meio das redes sociais. Ainda segundo a concessionária, durante o percurso, outros caminhoneiros aderiram ao protesto, porém, a assessoria não soube confirmar quantos.

Na página da oficina no Facebook, a família Charada, dona da oficina, convoca caminhoneiros, donos de carros antigos e a população a se vestir de preto e aderir a carreata pacífica para demonstrar a "insatisfação com o momento político" do país.

BLOQUEIOS

Na tarde deste domingo, foram registrados bloqueios em rodovias federais em 12 locais no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, promovidos por caminhoneiros. Houve também uma interdição em uma rodovia estadual de Santa Catarina.

Em protestos que atingiram até 14 estados do país na semana passada, os caminhoneiros pedem redução no preço do pedágio e do diesel, o aumento do valor do frete e a sanção, por parte da presidente Dilma Rousseff, de mudanças na legislação que flexibilizam a jornada de trabalho.

Na última quarta (25), o governo chegou a anunciar um acordo a categoria, prevendo por exemplo a manutenção do preço do diesel por seis meses. Parte dos motoristas, em especial no Rio Grande do Sul, não reconhece o acordo.


Endereço da página:

Links no texto: