Folha de S. Paulo


Após bloqueio de 1 hora e meia, caminhões liberam via Dutra

Os caminhoneiros liberaram por volta das 17h desta sexta-feira a via Dutra, altura do quilômetro 228, na saída de São Paulo, sentido Rio de Janeiro, depois de uma hora e meia de bloqueio.

Segunda Nova Dutra, concessionária que controla a rodovia, houve congestionamento de 3 quilômetros na via Dutra durante a paralisação. De acordo com a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), às 17h o congestionamento chegou a 15,4 quilômetros na Marginal Tietê sentido rodovia Ayrton Senna (para quem vai para a via Dutra) –nas pistas expressa e local. Por volta das 21h, a pista expressa da Marginal Tietê sentido rodovia Ayrton Senna ainda tinha 9,4 quilômetros de lentidão.

Três das quatro faixas da pista marginal ficaram interditadas; carros e motos passam pela faixa esquerda da pista da marginal. A pista expressa havia sido bloqueada, mas já foi liberada.

O PROTESTO

Uma combinação de redução no preço dos fretes e aumento de custos levou caminhoneiros a bloquearem trechos de rodovias em sete Estados nesta segunda (23).

Apesar de não ter uma liderança unificada e pauta conjunta, o movimento, que começou na semana passada, ganhou força e amplitude nacional nesta segunda.

Após negociações que se estenderam por mais de dez horas, o governo e representantes de caminhoneiros anunciaram no fim desta quarta-feira (25) terem chegado a um acordo para tentar liberar as estradas.

Para atender às demanda do movimento, o governo ofereceu um pacote de medidas, que incluiu a renegociação de dívidas do setor, e informou ter recebido da Petrobras a garantia de que os preços do diesel não subirão pelos próximos seis meses.

Representando os caminhoneiros, participaram da reunião os seguintes órgãos:

Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA);
Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga (Sinditac) RMC; Sinditac SJC; Sinditac Goiás; Sinditac Goiânia e Região; Sinditac SJP-PR; Sinditac Ponta Grossa-PR
Sindicato Nacional dos Cegonheiros;
Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte e Logística (CNTTL-CUT), que representa trabalhadores de transportes rodoviário, marítimo, portuário, fluvial, ferroviário, metroviário, aéreo e sistema viário;
Sindicato das Empresas e Transportadores de Combustível e Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo (Sindtanque-SP).
Dada a dimensão que tomou o movimento dos caminhoneiros, e com a economia sob risco de recessão, o governo considerou que não teve outro remédio senão agir para resolver o impasse.

Com a taxa de popularidade da presidente em recorde de baixa, assessores presidenciais alertaram para o fato de que, se o movimento não fosse contido, Dilma seria responsabilizada.


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