Folha de S. Paulo


Metalúrgicos da GM de São José dos Campos, em SP, encerram greve

Metalúrgicos da montadora GM (General Motors) de São José dos Campos, a 97 km de São Paulo, que estavam em greve desde a última sexta-feira (20) voltaram ao trabalho às 7h desta quinta-feira (26). A decisão ocorreu em assembleia que teve início às 5h30.

O fim da greve vem após acordo entre a empresa e o Sindmetalsjc (Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos) segundo o qual 798 trabalhadores terão lay-off (suspensão temporária de contrato de trabalho) do dia 9 de março até o dia 8 de agosto com garantia de estabilidade por três meses. Funcionários do turno da tarde referendaram a decisão em assembleia às 14h30.

Em nota, a GM pontuou que "a medida tem como objetivo ajustar a produção à atual demanda do mercado".

Na visão do sindicato, a oferta é melhor do que aquela anterior à greve iniciada na semana passada, de dois meses de lay-off para 794 funcionários sem garantia de estabilidade ao término do período.

Na interpretação da entidade, a proposta significava, na prática, a demissão ao fim do período. Recentemente, o mesmo número de funcionários havia voltado de um lay-off de cinco meses, mas com estabilidade no emprego até 7 de agosto.

Segundo Antônio Ferreira de Barros, presidente do Sndmetalsjc, a fábrica de São José abastece as unidades de São Caetano do Sul, também em São Paulo, e Gravataí, no Rio Grande do Sul. Ele afirma que a greve já tinha inviabilizado a produção do turno da tarde da fábrica de São Caetano.

No começo do mês, a empresa confirmou ter planos de demitir 1.500 funcionários em São Caetano (SP) e São José dos Campos. Dados da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) apontam redução de 14% na produção nacional de automóveis em janeiro deste ano comparado com o mesmo mês de 2014 e corte de 12.774 vagas no período.

A unidade tem 5.200 trabalhadores e produz 300 veículos por dia.


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