Após um dia de negociações, o governo federal definiu e ofereceu ao movimento de caminhoneiros na noite desta quarta-feira (25) um pacote de medidas para que eles acabem com os bloqueios nas estradas. Até o momento, contudo, não houve acordo.
O pacote, negociado pelo ministro Miguel Rossetto (Secretaria-Geral da Presidência) sob a chancela da presidente Dilma Rousseff, responde a parte das reivindicações de lideranças dos motoristas. Composto de quatro pontos principais, sua oferta é condicionado ao fim dos bloqueios.
O primeiro ponto, que atende pedido central dos trabalhadores, é a sanção integral da chamada Lei dos Caminhoneiros, que prevê uma série de benefícios para a classe. Dilma tem até o dia 13 de março para sancioná-la.
Outro ponto do pacote é a isenção de pedágio para eixos suspensos. "Os caminhões que trafegam vazios e com eixos suspensos estarão isentos do pagamento de pedágio do eixo suspenso", afirma Rossetto.
"O segundo é a suspensão, por um ano, dos pagamentos de empréstimos feitos pelo BNDES para a aquisição de caminhões. A proposta vale para duas linhas de crédito - Finame e ProCaminhoneiro –e beneficia os caminhoneiros autônomos e as micro empresas.
O terceiro ponto é o compromisso de que empresas e caminhoneiros criarão uma tabela referencial de fretes –o que pode levar a preços mínimos dos fretes. A queda nos valores dos fretes é um dos motivos das paralisações.
O quarta proposta é o estabelecimento de uma mesa permanente de negociações entre motoristas e representantes empresariais.
Além disso, de acordo com Rosseto, a Petrobras informou que nos próximos seis meses não ocorrerá reajuste do preço do diesel –outra reclamação dos caminhoneiros. O ministro disse, contudo, que essa foi apenas uma informação dada pela estatal, e não um dos elementos do pacote.
Questionado sobre se o governo deu um prazo para os motoristas, Rossetto disse apenas que o governo quer o fim das paralisações o mais rápido possível.
O pacote foi fechado após uma reunião entre governo, empresas e trabalhadores na tarde desta quarta, no Ministério dos Transportes. As negociações continuam.
Editoria de Arte/Folhapress | ||