Folha de S. Paulo


Folhainvest responde: como investir R$ 150 mil e se proteger da inflação?

A pergunta foi enviada pelo leitor A. S., de Belo Horizonte (MG)

RESPOSTA DE MICHAEL VIRIATO, PROFESSOR DO INSPER E CERTIFIED FINANCIAL PLANNER

Os recentes dados de inflação divulgados e as expectativas dos economistas para os próximos meses exigem que os investidores ajustem suas carteiras.

A rentabilidade de produtos como a poupança não tem sido suficiente para cobrir a inflação medida pelo IPCA. Nem mesmo a taxa dos produtos referenciados ao CDI (Certificado de Depósito Interfinanceiro) foi páreo para a inflação de janeiro e não deve ser para a de fevereiro.

Construir um portfólio para se proteger da inflação exige controle emocional sobre perdas e maior horizonte de investimento, pois os produtos para esse fim costumam ter maior volatilidade. Isso ocorre pois a rentabilidade desses produtos é composta por dois elementos. Um é pós-fixado e está referenciado ao IPCA. O outro é uma taxa de juros prefixada e com o movimento do mercado de juros pode provocar perdas ou ganhos para o investidor.

O investidor pode aplicar nesses produtos via fundos referenciados ao IPCA ou comprando títulos como LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) e debêntures referenciadas ao IPCA, ou NTN-B (título público).

Ao dividir sua carteira, distribua em ativos referenciados ao IPCA apenas o que vai precisar somente no longo prazo. Para os recursos de curto prazo, prefira produtos referenciados ao CDI.


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