Folha de S. Paulo


Abrir franquia é aposta de menor risco para quem é iniciante

Abrir uma franquia é um dos investimentos menos arriscados, segundo especialistas, porque o empreendedor trabalha com marcas já conhecidas do consumidor, obedece a um padrão de negócio já formatado e recebe treinamento de gestão.

"A diferença básica entre abrir uma franquia ou um negócio autônomo é 'eu sei ou não sei fazer isso?'. Franquia é pra quem não tem know-how em um segmento ""que é o problema da maioria", diz Marcus Rizzo, da consultoria Rizzo Franchise.

A fórmula já comprovada garante às franquias um índice de falência de apenas 4% ""enquanto o dos demais negócios chega a 47%, segundo Cristina Franco, presidente da Associação Brasileira de Franchising (ABF).

O faturamento do setor também é um motivador. Em 2014, as franquias viram o lucro crescer 7,7%, segundo dados da ABF. Já o PIB brasileiro teve alta de 0,2% nos três primeiros trimestres de 2014, último dado disponível.

A expectativa para 2015 é que esse número cresça em torno de 7,5% a 9%.

Luiz Barretto, presidente do Sebrae, diz que a franquia pode servir de escola para quem quer começar um negócio próprio, mas alerta que é bom o interessado ter ao menos familiaridade com o ramo escolhido.

Fazer um bom planejamento é fundamental, identificando onde há demanda e baixa concorrência. Levantamento do Sebrae junto à ABF mostra que o interior oferece boas oportunidades, ainda pouco exploradas pelas franquias.

Outra precaução é saber que o retorno do investimento em uma loja de franquia demora em média de 18 a até 36 meses, então é necessário ter meios para manter o fluxo de caixa.

Já a desvantagem das franquias, segundo Barretto, é a falta de autonomia.

"Você fica vinculado a uma rede que já funciona de determinado jeito, as lojas têm a mesma cara, as campanhas são feitas pro mercado de modo geral e não pra sua loja específica", diz.

(FP)


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