Folha de S. Paulo


Prefeitura recua em nova regra de sacola plástica

Após sofrer pressões do varejo, a Prefeitura de São Paulo recuou e resolveu dar mais 60 dias para que o comércio se adapte às novas regras para a distribuição de sacolas plásticas na cidade.

A data prevista para a entrada em vigor das mudanças era esta quinta-feira (5), mas a prefeitura informou que, por ora, "não serão aplicadas multas aos estabelecimentos que estiverem em processo de adaptação".

As novas regras abrangem a proibição aos estabelecimentos comerciais de distribuir as sacolas plásticas brancas tradicionais.

Para substituí-las, a prefeitura liberou a distribuição de um modelo de sacola verde padronizada, que os consumidores só poderão usar para o descarte de lixo seco (como metal, papel e vidro), de modo que seja reconhecida pela coleta seletiva.

Também fica permitida uma versão de sacola cinza, que pode ser reutilizada para outros tipos de resíduo.

Ambas deverão trazer impressas as informações sobre descarte consciente e serão feitas de material de fontes renováveis, de custo mais alto para o varejo.

O comércio é autorizado, mas não obrigado, a ofertar estes novos modelos verde e cinza de embalagem.

Durante a prorrogação, segundo a prefeitura, comerciantes, usuários e público em geral serão instruídos sobre a maneira de usar as novas embalagens. Segundo as normas, o consumidor não deverá reutilizar os novos sacos verdes para o descarte de lixo orgânico.

Em nota, a Apas (associação de supermercados) se compromete a participar, neste período, de um grupo de trabalho com outras entidades para "promover a adequação integral dos estabelecimentos à nova lei".

Grandes redes de supermercados continuarão distribuindo sacolas brancas durante o período de prorrogação.


Endereço da página: