Folha de S. Paulo


Lucro do Itaú cresce 29% em 2014 e inadimplência bate mínima histórica

Com forte expansão em produtos bancários e a inadimplência em mínima histórica, o Itaú Unibanco teve lucro líquido de R$ 20,242 bilhões em 2014, crescimento de 29% em relação ao ano anterior, quando o banco lucrou R$ 15,696 bilhões. No quarto trimestre do ano, o Itaú teve lucro de R$ 5,520 bilhões, alta de 2,15% em relação aos R$ 5,404 bilhões registrados nos três meses anteriores.

O lucro líquido recorrente, que exclui ganhos e perdas extraordinários, cresceu 30,2%, para R$ 20,619 bilhões, ante R$ 15,836 bilhões em 2013. Só no quarto trimestre, alcançou R$ 5,660 bilhões, aumento de 3,7% em relação ao trimestre anterior.

Entre os eventos extraordinários o banco cita o aumento da provisão para perdas decorrentes de planos econômicos que vigoraram na década de 1980 e também o aumento do valor destinado a créditos de liquidação duvidosa.

Balanço dos bancos

O resultado do banco foi impulsionado pelo crescimento de 15,5% em produtos bancários em 2014. Essa expansão, segundo o banco, foi fruto do crescimento das receitas de juros e rendimentos, com expansão de 27,6%, e das receitas de prestação de serviços, que aumentaram 16,0%.

A margem financeira gerencial –que leva em conta operações com clientes e com o mercado (tesouraria)– cresceu 15,8%, passando de R$ 47,638 bilhões em 2013 para R$ 55,155 bilhões no ano passado. No quarto trimestre, o crescimento foi de 2,34%, para R$ 14,705 bilhões.

RISCO

A carteira de crédito do banco cresceu 9,8% em 2014, para R$ 559,694 bilhões, incluindo avais, fianças e títulos privados.

Mantendo o foco em créditos de menor risco, o banco viu sua carteira de empréstimos consignados crescer 79,5% em 2014 em relação ao ano anterior, para R$ 40,525 bilhões. Já a carteira de crédito imobiliário cresceu 19,4%, até R$ 28,898 bilhões.

Por outro lado, a carteira de veículos do banco encolheu 28,3%, para R$ 28,927 bilhões.

Já a inadimplência recuou para 3,1% em 2014, ante 3,7% um ano antes. De acordo com o Itaú, é a menor taxa desde a fusão com o Unibanco, em 2008. Em relação ao terceiro trimestre, quando o índice de inadimplência foi de 3,2%, a queda foi de 0,1 ponto percentual.

Apesar da queda para o patamar mínimo, o banco aumentou o provisionamento para créditos de liquidação duvidosa no quarto trimestre. As despesas de provisões para calote cresceram 19,7% em relação ao terceiro trimestre, para R$ 5,75 bilhões.

PROJEÇÕES

Para 2015, o Itaú projeta crescimento de 6% a 9% em sua carteira de crédito, em linha com a expansão registrada em 2014. Além disso, vê sua margem financeira gerencial crescendo entre 10% e 14%, pouco abaixo do aumento do ano passado.

Já a receita com serviços e resultados de seguros deve crescer de 9% a 11%, segundo o Itaú.


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