Folha de S. Paulo


Economia dos EUA cresce menos no 4º tri e fecha ano com expansão de 2,4%

A economia dos Estados Unidos cresceu menos que o esperado no quarto trimestre e fechou o ano de 2014 com expansão de 2,4%, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (30) pelo Departamento do Comércio.

O número ficou pouco acima da média de crescimento entre 2010 e 2013, de 2,2%, e ainda bem abaixo da média da década de 1990, quando a economia cresceu em média 3,4% por ano.

Entre outubro e dezembro, o PIB (Produto Interno Bruto) teve alta anualizada de 2,6%, abaixo dos 3,2% previstos pelo mercado. A elevação foi bem menor que a registrada no terceiro trimestre, quando o crescimento foi de 5,0%.

Mark Makela - 6.dez.2014/Reuters
Consumidores fazem compra em shopping na Pensilvânia, nos EUA
Consumidores fazem compras em shopping na Pensilvânia, nos EUA

Os números divulgados nesta sexta contribuem para a avaliação de que a retomada do crescimento nos Estados Unidos ainda é desigual. O crescimento foi impulsionado pelo melhor índice de gastos dos consumidores em quase nove anos. Ao mesmo tempo, no entanto, os investimentos das empresas desaceleraram.

A alta do consumo foi de 4,3%, contra 3,2% nos três meses anteriores. A elevação beneficiada pela queda nos preços do petróleo –e consequentemente nos custos de energia– e um cenário melhor do emprego.

O investimento do setor privado cresceu 1,9% no quarto trimestre, contra 8,9% no terceiro.

Os gastos do governo também contribuíram para a desaceleração do crescimento no fim de 2014. As despesas e investimentos do governo federal caíram 7,5% no trimestre, em comparação com um aumento de 9,9% entre julho e setembro.

A maior contribuição para a mudança no índice foi a redução dos gastos com Defesa, que passaram de alta de 16% para baixa de 12,5%.

Além disso, as exportações cresceram em ritmo menor. A elevação foi de 2,8%, ante 4,5% no trimestre anterior.
Já as importações, que contribuem negativamente para o PIB, subiram 8,9% no período. No terceiro trimestre, houve queda de 0,9%.

Os gastos com bens duráveis, como veículos e eletrodomésticos, subiram 7,4%, contra 9,2% no trimestre anterior.

Os dados divulgados nesta sexta são parciais e passarão por outras duas revisões. Isso porque esta primeira leitura se baseia em dados de apenas dois meses para a maioria das estatísticas. A próxima estimativa sai no dia 27 de fevereiro.


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