Folha de S. Paulo


Fusão de fundos pode dar novo fôlego ao segmento imobiliário

A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) deve editar no segundo trimestre uma nova regra para facilitar a fusão dos fundos de investimento. Isso deve dar impulso ao segmento imobiliário.

A ideia é que a indústria tenha um número menor de fundos, porém, com patrimônio mais representativo, maior diversificação de apostas (e de risco) nos empreendimentos imobiliários, além da diluição de custos administrativos.

No Brasil, a maioria dos fundos imobiliários surgiu para viabilizar empreendimentos como shoppings, escritórios de alto padrão, hospitais e até hotéis.

Quando o empreendimento vai bem, todos -incorporadores, imobiliárias, cotistas, locatários etc. - ganham. Porém, se ele encalha ou perde atratividade o valor das cotas desaba.

Em 2008, o shopping West Plaza teve perdas com a vacância de lojas após a abertura do shopping Bourbon, ambos em Perdizes (zona Oeste de São Paulo). A fusão com um fundo de escritórios ou hotéis, por exemplo, poderia ter diluído o impacto do risco.

A Rio Bravo, uma das maiores gestoras do segmento, propôs no ano passado a fusão do fundo The One, que administra escritórios na Vila Olímpia, com o Renda Corporativa, de lajes comerciais em outras localidades de São Paulo.

"Os investidores gostaram da ideia pois são empreendimentos complementares. Mas decidimos esperar até a CVM editar a nova instrução", disse José Diniz, da Rio Bravo.

A primeira experiência foi do banco J. Safra, que fundiu no ano passado três fundos (Real Estate Recebíveis Imobiliarios, Real Estate Renda Imobiliária e Real Estate Multi Gestão). A fusão permitiu ao fundo ganhar musculatura para investir em novos empreendimentos.


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