Folha de S. Paulo


Volkswagen readmite 800 funcionários e greve de dez dias acaba

Trabalhadores da fábrica da Volkswagen em São Bernardo do Campo, na região metropolitana de São Paulo, aprovaram nesta sexta-feira (16) o fim de uma greve que já durava dez dias depois que a montadora aceitou readmitir 800 funcionários demitidos no início do ano.

Com isso, a produção na fábrica será retomada a partir da próxima segunda-feira (19), informou o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.

Após dias de negociação, a entidade e a montadora chegaram a uma nova proposta, que foi aprovada pelos funcionários na manhã desta sexta.

A proposta é semelhante à rejeitada pelos trabalhadores em 2 de dezembro. A principal diferença é que a primeira incluía o pagamento de um abono salarial em troca do congelamento dos salários em 2015 e 2016, enquanto a segunda admite o abono em 2015, mas volta com reajuste salarial no ano seguinte.

Em nota, a montadora disse que o resultado das negociações é "balanceado" e abrange a continuidade dos "mecanismos de adequação de efetivo por meio de Programas Voluntários, com incentivo financeiro, e 'desterceirizações' temporárias" para realocar o pessoal excedente.

A Volks também informou que a unidade Anchieta vai receber novos produtos "de uma plataforma mundial".

O sindicato diz que 8.000 empregados participaram da votação, na qual o texto foi aprovado por unanimidade. Segundo a entidade, 13 mil pessoas trabalham na unidade. A Volks informou que emprega 20 mil pessoas em suas quatro fábricas no Brasil.

A GREVE

No dia 6 de janeiro, funcionários da Volkswagen de São Bernardo, no ABC Paulista, decidiram em assembleia iniciar uma paralisação contra as 800 demissões anunciadas na Unidade Anchieta.

A montadora confirmou as demissões por nota. De acordo com a empresa, "visando estabelecer condições para um futuro sólido e sustentável para a Unidade Anchieta, tendo como base o cenário de mercado e os desafios de competitividade, a Volkswagen do Brasil anuncia que haverá o desligamento de 800 empregados em sua fábrica no ABC Paulista, após período de licença remunerada de 30 dias".

No dia seguinte, trabalhadores da Mercedes-Benz iniciaram uma paralisação que durou 24 horas. Eles protestaram contra o desligamento de 244 colegas de trabalho. Os funcionários da linha de produção de caminhões da montadora também pararam a produção durante o primeiro turno do dia 9 de janeiro, na última sexta-feira.

Com Reuters


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