Folha de S. Paulo


Popularização dos smartphones incentiva novos empreendimentos

A percepção do potencial de crescimento do acesso das classes C e D à internet via smartphones fez surgir a ideia da Fábrica de Aplicativos, em 2011.

A empresa permite que pessoas sem conhecimentos avançados de informática criem sozinhas aplicativos em poucos minutos, a partir de opções pré-formatadas.

Cerca de 180 mil aplicativos foram desenvolvidos usando a plataforma, a maior parte criada por pessoas da classe D, diz Guilherme Santa Rosa, 33, fundador da empresa. Desses, 5% usam o plano pago da companhia, de R$ 18 ao mês, que dá acesso a mais ferramentas e não inclui propaganda da plataforma.

"Descobrimos que muitas pessoas têm o seu primeiro acesso à internet pelo celular. Usam Facebook, Google, mas não têm nenhuma proficiência com o mouse."

TORPEDO

A Emprego Ligado, empresa que faz recrutamento para funções operacionais (como vendas ou telemarketing), usa o torpedo como ferramenta de comunicação com os candidatos.

A empresa, que tem como principal característica tentar levar candidatos para empresas próximas a suas casas, enviou no ano passado 5 milhões de notificações de vagas disponíveis. Quase nenhuma delas enviadas a partir do aplicativo da empresa, afirma o norte-americano Jacob Rosenbloom, 33, fundador da companhia.

"A população das classes C, D e E já está comprando smartphone, mas eles nem sempre têm planos de dados disponível. Então o SMS continua sendo o carro-chefe."

Hoje, cerca de 20% da classe C tem um celular inteligente, de acordo com a pesqui- sa TIC Domicílios divulga- da pelo CETIC.br (Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação), órgão ligado ao Comitê Gestor da Internet no Brasil.


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