Folha de S. Paulo


Preços e falhas no acesso a sites dominam reclamações na Black Friday

O site Reclame Aqui, que reúne e divulga queixas de consumidores contra empresas, recebeu 5.260 reclamações referentes à Black Friday, festival de descontos promovido pelo comércio entre a noite desta quinta (27) e esta sexta-feira (28). Os dados foram contabilizados até as 15h20 de hoje.

Problemas de acesso aos sites, maquiagem de preços e mudanças no valor dos produtos no momento de finalizar a compra foram as queixas mais comuns.

"Durante a madrugada, muitos sites ficaram fora do ar devido ao grande número de acessos, mas desde o amanhecer são problemas relacionados a preço e condições de pagamento e entrega que concentram a maioria das reclamações", diz a companhia, em nota.

Na Black Friday do ano passado, o portal recebeu 8.500 reclamações, uma alta de 6,2% em relação a 2012. A falta de estoque dos produtos, com 46%, foi o principal motivo das queixas, seguido pela maquiagem de preços (27%) e a lentidão e a dificuldade para acessar os sites (21%).

Editoria de Arte/ Folhapress

Até as 15h20, o Submarino e a Americanas.com, ambos pertencentes à companhia de comércio eletrônico B2W, lideravam a lista de reclamações, com 611 e 604 queixas, respectivamente. Primeiro as reclamações eram sobre problemas de acesso e, a partir das 6h de hoje, a maior parte das falhas se referia a preços e finalizações de vendas.

Em terceiro lugar, com 443 reclamações, ficou a Saraiva, principalmente em razão de problemas com o preço dos produtos e dificuldades de finalização do produto "Consumidores informam que os produtos apresentados somem do estoque no momento da compra ou 'somem' do carrinho de compras virtual", diz o Reclame Aqui. A companhia disse que não ia comentar o assunto por não ter sido notificada oficialmente.

No caso do Procon, 72% das reclamações estão concentradas em três empresas: B2W (Americanas.com, Submarino e Shoptime), Saraiva, e Nova Pontocom (Pontofrio.com.br, casasbahia.com.br, e extra.com.br). Esta última disse que recebeu a notícia "com surpresa" e que, se somadas todas as marcas operadas pela Cnova, recebeu 24 reclamações do órgão a respeito do tema.

Se o consumidor encontrar problemas, uma das opções é entrar em contato com o Procon. Em São Paulo, o órgão está fazendo a intermediação em tempo real, por meio do perfil do Twitter @proconspoficial e do Facebook.


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