Folha de S. Paulo


Maria Inês Dolci: Friday sem fraude

Empresas participantes do Black Friday podem lucrar com o aumento das vendas, em uma espécie de Natal antecipado. Correm, contudo, o risco de sair com a imagem arranhada, se não tiverem se estruturado para atender a demanda.

Embora possa parecer óbvio, é fundamental que as ofertas sejam cumpridas, com a garantia de produtos em estoque para entrega no prazo acertado. Caso contrário, será configurada propaganda enganosa, punida pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC).

Os clientes que não obtiverem descontos reais e enfrentarem dificuldades para receber os produtos adquiridos terão o amparo das entidades de defesa do consumidor. Dentre os problemas frequentes estão a entrega de mercadorias que não correspondem ao que foi anunciado e adquirido, e a falta de itens para atender o consumidor.

As entidades estão de olho nos preços e nas condições das promoções para evitar problemas ocorridos em anos anteriores, quando consumidores, irritados com a enganação, cunharam a expressão Black Fraude.

Foram compilados preços praticados antes e durante esta sexta-feira (28), para verificar se os estabelecimentos estão mesmo dando os descontos prometidos. Os lojistas que enganarem os consumidores serão notificados, autuados e até multados, com base no CDC.

Quem ainda não comprou, deve conferir as referências dos sites antes de fechar negócio. No Procon, há uma listagem lojas virtuais a serem evitadas, por já terem lesado consumidores.

Pesquisar preços em outras lojas também é sempre recomendável. Além disso, devem ser consultados os órgãos de defesa do consumidor para saber se há reclamações registradas. E falar com amigos e pessoas de confiança que já compraram no site.

A vontade de lucrar com boas ofertas não deve prejudicar a segurança nem estimular o consumismo. Uma boa maneira de evitar golpes é passar o mouse sobre o endereço digital da loja. Assim, será possível notar se o link é igual ao que consta na barra inferior do navegador. Se for diferente, é provável que seja falso!

Preços infinitamente mais baixos do que os praticados por outras lojas também podem indicar fraude. Afinal, não existe milagre que torne alguns produtos muito mais em conta do que outros.

Para ajudar o consumidor a evitar problemas a PROTESTE elaborou a cartilha Comércio Eletrônico, com uma série de informações relativas às compras on-line.


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