Folha de S. Paulo


Black Friday nas empresas tem tequila e colchão para soneca

Os 550 funcionários da loja on-line de móveis Mobly vão passar fantasiados o dia em que o site tem mais vendas no ano. E, de vez em quando, poderão tomar "shots" de tequila.

Trata-se de uma tradição da companhia, fundada em 2011, para todos os dias de Black Friday, festival de descontos que acontece nesta sexta-feira (28) e no qual o comércio on-line prevê faturar R$ 1,2 bilhão, de acordo com a consultoria E-bit.

Victor Noda, 33, cofundador da Mobly, diz que, apesar de o volume de vendas ser no mínimo dez vezes maior que o de um dia comum, a Black Friday não é exatamente uma data de estresse, porque a preparação foi feita antes –a negociação com fornecedores para conseguir preços mais baixos começou no início do ano, por exemplo.

Em 2013, a equipe tomava uma dose de tequila a cada vez que a empresa atingia R$ 1 milhão em vendas. Neste ano, isso não será possível porque a meta se tornou baixa demais. "Se a gente fizer isso neste ano, vai sair todo mundo bêbado. Vai ter que ter só uma dose ou outra."

O clima não é exatamente esse na Vtex, uma companhia que oferece tecnologia para e-commerce, tendo 600 lojas em funcionamento. A empresa disponibilizou colchões para os funcionários, já que a expectativa é que o fluxo de acessos seja entre 30 e 40 vezes maior que a média.

Cerca de 30 profissionais vão participar de um "hackathon" (maratona de programação), que começou na manhã desta quinta-feira (27) e vai até o fim de sexta (28).

Empresas promovem esse tipo de evento para estimular testes de novas ideias, mas nesse caso o objetivo vai ser "testar a capacidade de pensar rapidamente, agir sobre pressão e simular cenários de possíveis quedas no sistema", diz Geraldo Thomaz, 37, cofundador da Vtex. Comemorações "mais alcoólicas", só depois das 23h30.


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