Folha de S. Paulo


Governo está sem planejamento, diz Aécio sobre nova equipe econômica

Derrotado por Dilma Rousseff (PT) nas eleições, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou que a escolha da nova equipe evidencia que Dilma "sabia estar mentindo ao país durante toda a campanha eleitoral". Segundo o tucano, a petista mostra que o governo está sem planejamento.

"Afinal, qual é o verdadeiro rosto do novo governo Dilma Rousseff? Refém de tantas contradições, o governo corre o risco de não ter nenhum", provocou o senador.

"Como devem estar se sentindo os eleitores que acreditaram na candidata e no seu discurso recheado de bondades, vendo que ela hoje está fazendo tudo o que, durante a campanha eleitoral, disse que não faria?, questionou.

AJUSTE "DOSADO"

Para o vice-presidente do PT, deputado José Guimarães (CE), no entanto, a nova equipe indicou que fará um ajuste "dosado" preservando investimentos públicos e os programas sociais.

"É uma equipe que vai garantir, sem dúvida, grande estabilidade econômica ao país, preservando os investimentos e garantindo o crescimento da nossa economia".

EQUIPE ECONÔMICA

O Palácio do Planalto confirmou nesta quinta-feira (27) os nomes dos novos titulares da área econômica do governo.

O engenheiro naval Joaquim Levy vai comandar o Ministério da Fazenda e Nelson Barbosa assumirá a pasta do Planejamento, como antecipou Vera Magalhães, editora do 'Painel'. Eles ocuparão os cargos de Guido Mantega e Miriam Belchior, respectivamente.

Levy e Barbosa, no entanto, não tomarão posse de imediato : eles irão compor equipe de transição e vão despachar no Palácio do Planalto, próximos à presidente Dilma.

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, vai permanecer no cargo.

META DE SUPERAVIT

Aécio voltou a criticar a flexibilização da meta de superavit que a presidente recorreu para tentar fechar as contas.

"A presidente escolheu novos nomes para área econômica do governo tentando acalmar o mercado e recuperar a credibilidade perdida. Mas, ao mesmo tempo, protagoniza no Congresso mais um violento ataque à credibilidade do país ao afrontar a Lei de Responsabilidade Fiscal, alterando as metas de superavit, e usando como moeda de troca os cargos públicos de sempre".


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