Folha de S. Paulo


EUA revisam para 3,9% o crescimento da economia no 3º trimestre

O crescimento da economia dos EUA no terceiro trimestre foi mais forte do que o estimado anteriormente, segundo a primeira revisão dos dados divulgada nesta terça-feira (25) pelo Departamento do Comércio.

O PIB (Produto Interno Bruto) norte-americano teve alta anualizada de 3,9% entre julho e setembro, maior que os 3,5% da primeira leitura, anunciada em 30 de outubro. O dado é bem melhor do que o esperado por analistas do mercado, que previam uma redução para 3,3%.

Com o aumento de 4,6% do PIB (Produto Interno Bruto) registrado no segundo trimestre, a economia americana teve seu melhor semestre de crescimento desde os últimos seis meses de 2003.

A divulgação do PIB dos EUA costuma ocorrer em três fases: a primeira estimativa, divulgada um mês após o término do trimestre, e outras duas revisões (nos dois meses seguintes). A última revisão para o terceiro trimestre será divulgada em 23 de dezembro.

CONSUMO

A alta em relação à primeira estimativa foi puxada por resultados melhores no consumo das famílias e no investimento privado (não-residencial).

Os gastos dos consumidores cresceram 2,2% segundo os dados, ante 1,8% divulgados anteriormente. O investimento privado subiu 7,1%, ante 4,7% na primeira leitura.

O aumento foi parcialmente compensado por uma redução nos dados sobre as exportações, outra grande contribuição para o crescimento do PIB: a alta foi de 4,9%, contra 7,8% estimados antes.

Os dados divulgados nesta terça mostram que a recuperação da economia norte-americana mantém o vigor mesmo em um cenário de forte desaceleração na Europa e na China e de recessão no Japão.

O crescimento mais forte que o estimado pode aumentar as expectativas do mercado sobre um aumento dos juros dos EUA já no primeiro semestre de 2015.

O mercado tenta prever quando o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) começará a elevar a taxa, que opera perto de zero desde 2008.

Na última reunião, em outubro, o comitê monetário do Fed reafirmou em comunicado que pretende manter a taxa no patamar atual, entre 0 e 0,25% ao ano, "por tempo considerável".


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