Folha de S. Paulo


Mercado reduz projeção para PIB e eleva previsão para inflação

Depois de ter subido levemente na semana anterior, a estimativa dos analistas de mercado para a expansão da economia neste ano voltou a ter recuar.

De acordo com o boletim Focus, do Banco Central, a mediana das projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) do país caiu de aumento de 0,21% para alta de 0,20%. Há um mês, a estimativa era de crescimento de 0,27%. Para 2015, a aposta seguiu inalterada em 0,80%.

Na semana passada, o Banco Central informou que seu indicador de atividade econômica, o IBC-Br, subiu 0,6% no terceiro trimestre sobre o segundo, um resultado acima do esperado. O indicador sinaliza que, após dois trimestres de retração, o PIB se recuperou no período entre julho e setembro.

O IBC-Br se baseia em indicadores da indústria, dos serviços e do comércio.

Já a expectativa para a alta do IPCA, índice oficial da inflação, neste ano ficou em 6,43% contra 6,40% na semana passada. A projeção para 2015 também cresceu, de 6,40% na semana anterior para 6,45%.

A projeção para a Selic, taxa básica de juros, não foi alterada: 11,50% para 2014 e 12% para 2015. Assim, o mercado prevê uma alta de 0,25 ponto percentual na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) deste ano, a ser realizada no início de dezembro, e mais uma alta de 0,50 p.p. em 2015.

Editoria de Arte/Folhapress

PIB

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulga o PIB do terceiro trimestre na próxima sexta-feira (28). A despeito do resultado provavelmente positivo no terceiro trimestre, analistas consideram que os bons números ainda têm que se repetir para sinalizar uma tendência mais animadora na economia.

Indicador antecedente apurado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) e pela The Conference Board, divulgado na semana passada, sinalizou que a economia brasileira interrompeu sua trajetória de deterioração, mas ainda não dá sinais de expansão mais significativa.

Da mesma forma, os indicadores da indústria dão sinais contraditórios. A confiança caiu em novembro ao menor nível em 15 anos, pela medição da Confederação Nacional da Indústria (CNI), mas de acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV) subiu pelo segundo mês consecutivo no período.

No Focus, a estimativa para a produção industrial deste ano, de queda de 2,30%, não foi alterada. Para 2015, a estimativa de aumento de 1,31% foi levemente reduzida a 1,30%.


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