A Vale recebeu o prêmio de escolha do público do Swedish Steel Prize (Prêmio Sueco do Aço) por um projeto realizado entre 2012 e 2013 na mina de Carajás (PA).
A honraria é a única em nível mundial oferecida pelo setor do aço –existe há 16 anos– e a organização espera que ela receba a relevância de um prêmio Nobel.
O projeto premiado da Vale consiste na construção de uma grelha de aço de alta resistência que impede que blocos de minério de ferro com mais de 27 toneladas, despejado pelos caminhões mineradores, entre na moega –primeiro equipamento de armazenagem do material minerado.
O diferencial do projeto é a economia que ela trouxe à Vale. Todo o projeto custou R$ 40 milhões e, nos primeiros três meses de aplicação, trouxe um retorno de cerca de R$ 200 milhões.
"Com isso, conseguimos garantir que cumpriremos nosso plano de produção com custos menores", diz Ueld José da Nóbrega, engenheiro da Vale que recebeu a honraria.
O projeto foi feito em parceria com a empresa sueca SSAB, especializada em aços de alta resistência.
Os custos com manutenção são a chave da competitividade na mina paraense. Com a nova grelha, a Vale conseguiu reduzir em 92% o tempo gasto com manutenção.
"Agora ela praticamente não para, somente para fazer a limpeza comum. Antes, ela parava a cada dois dias", afirma Nóbrega.
O prêmio principal foi concedido à Belaz, fabricante de caminhões mineradores do Belarus.
O projeto consiste na construção do maior caminhão minerador já feito, com capacidade de carregar até 450 toneladas de minério.
O repórter viajou à Suécia a convite da SSAB.