Folha de S. Paulo


Economia da China crescerá 7,4% em 2014, diz economista do governo

A economia da China deve crescer 7,4% neste ano, ligeiramente abaixo da meta do governo (de 7,5%), expandirá 7% em 2015, afirmou nesta sexta-feira (24) o diretor do departamento de pesquisa macroeconômica do Centro de Pesquisa em Desenvolvimento do país, Yu Bin.

A China ainda pode manter média de crescimento anual de 7% nos próximos 10 anos, disse ele em entrevista à imprensa.

Dados divulgados nesta semana mostraram que o crescimento econômico anual da China desacelerou para 7,3% no terceiro trimestre ante o mesmo período de 2013, ritmo mais fraco desde o ápice da crise financeira global.

Os 7,3% representam uma desaceleração em relação ao segundo trimestre, quando o PIB crescera 7,5% na mesma base de comparação.

Segundo Yu, as exportações da China devem crescer em torno de 6% neste ano em relação à 2013, o que ajudaria a economia. Ele também estimou que as exportações e importações combinadas do país podem crescer de 5% a 10% nos próximos anos.

Editoria de Arte/Folhapress

JUROS

Na quarta-feira (22), fontes do governo chinês disseram à Reuters que o banco central da China deve resistir a um eventual corte de juros mesmo diante da desaceleração do crescimento, com a política de reformas influenciando a condução da política monetária.

O BC do país enfrenta crescente pressão para cortar as taxas de juros com o objetivo de estimular o crescimento, mas temores de que isso poderia alimentar uma bolha imobiliária e da dívida reduziram as chances de medidas rápidas, de acordo com fontes.

Os principais líderes, que se comprometeram com difíceis reformas e em evitar estímulo de curto prazo para sustentar taxas de crescimento, temem que alguma flexibilização da política –como corte nas taxas de juros ou ampla redução no compulsório dos bancos– poderia ser vista como sinais de retrocesso, disseram as fontes.

O tom reflete o discurso do presidente Xi Jinping de "novo cenário normal", em que a China deve se adaptar a crescimento mais lento porém mais sustentável após três décadas de expansão vertiginosa.


Endereço da página:

Links no texto: