Folha de S. Paulo


Líder em PCs, Lenovo planeja crescer em celulares e tablets

Maior fabricante de PCs do mundo, a chinesa Lenovo quer crescer no mercado móvel para compensar a queda nas vendas de computadores pessoais. Para tanto, tem investido em aquisições e em divulgar a marca, ainda relativamente pouco conhecida fora da China.

A maior parte da receita da Lenovo vem da venda de PCs. No primeiro trimestre fiscal deste ano, os laptops representaram 49% dela; e os desktops, 29%.

Mas esse é um mercado em declínio. Segundo a consultoria IDC, no segundo trimestre deste ano as vendas de PCs somaram 78,5 milhões de unidades, uma queda de 1,7% em relação ao ano passado.

A Lenovo, porém, diz ter fôlego para crescer em negócios corporativos e dispositivos móveis -os celulares e tablets.

As áreas estão recebendo reforços de peso neste ano, com duas aquisições: a divisão de servidores x86 da IBM (que começou a ser concluída neste mês) e a Motorola Mobility, do Google.

Além disso, a empresa tem ampliado as ações internacionais para firmar seu nome.

Patrocinou a Olimpíada de Pequim (2008), é patrocinadora da NFL (liga profissional de futebol americano) e, mais recentemente, anunciou o ator americano Ashton Kutcher, conhecido pela série "Two and a Half Men" e por seus 16,5 milhões de seguidores no Twitter, como "engenheiro de produto".

Jeff Meredith, vice-presidente de marketing da Lenovo, também se esforça para distanciar a Lenovo do estigma enfrentado pelas companhias chinesas, de reproduzir a tecnologia alheia.

Quando a empresa comprou a divisão de PCs da IBM em 2005, iniciou uma "integração cultural".

"Nossa cultura não é chinesa, é uma cultura internacional", afirma.

O jornalista EMERSON KIMURA viajou a convite da Lenovo


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