Folha de S. Paulo


Lucro da Heineken cai 4,8% no 3º trimestre, para 460 milhões de euros

A fabricante holandesa de bebidas Heineken informou nesta quarta-feira (22), em sua prévia operacional, que o lucro líquido no terceiro trimestre ficou em 460 milhões de euros (cerca de US$ 585 milhões), cifra 4,8% menor do que a apresentada no mesmo período do ano passado.

A empresa, terceira maior cervejaria do mundo, ainda não publicou seu balanço consolidado, mas deu informações do desempenho entre julho e setembro.

A receita líquida, por exemplo, recuou 1,5%, para 5,1 bilhões de euros. Já o volume de cerveja vendida nos meses caiu 0,6%, para 48 milhões de hectolitros –medida que representa cem litros.

A companhia argumenta, contudo, que a venda da Hartwall na Finlândia no meio do trimestre em 2013 levou 67 milhões de euros do faturamento. Além disso, o câmbio desfavorável segurou o valor em 24 milhões de euros. Não fossem esses efeitos, a receita teria crescido 0,2%, praticamente em linha com um ano antes.

"Mesmo em meio a um ambiente global instável e ao clima adverso na Europa, conseguimos manter a alta na receita", afirmou Jean-François van Boxmeer, presidente da Heineken. "Isso nos dá a confiança de que vamos alcançar as metas para 2014", acrescentou, em nota.

A pior performance no período foi a europeia. Na porção central e ocidental do continente, o faturamento caiu 8,5%, para 820 milhões de euros. No Leste Europeu, o recuo foi de 4,1%, para 2,06 bilhões de euros.

Zanone Fraissat - 12.jun.2014/Folhapress
Bar na Vila Madalena durante a Copa; vendas da Heineken no Brasil recuaram após término do evento
Bar na Vila Madalena durante a Copa; vendas da Heineken no Brasil recuaram após término do evento

NO BRASIL

A queda na demanda por cerveja que abalou o desempenho total da Heineken no terceiro trimestre valeu, também, para suas operações no Brasil.

A empresa informou que o volume de vendas no país recuou, especialmente pelo menor interesse após o fim da Copa do Mundo futebol em julho, mas também pelo enfraquecimento da economia local.

Mesmo assim, a procura pela sua principal marca premium, a Heineken, permaneceu alta, disse a companhia. "Se forem levadas em conta apenas as vendas dessa área, o crescimento seria de dois dígitos", acrescentou o grupo, sem dar maiores detalhes.

OUTRAS REGIÕES

Entre julho e setembro, a receita da fabricante de bebidas nas Américas aumentou em 2%, para 1,18 bilhão de euros. Já as vendas tiveram expansão de 3,3%, para 13,5 milhões de hectolitros. Só o segmento premium subiu 0,2%.

Além do Brasil, "o aumento das vendas do premium foi particularmente forte na China, no México, na Rússia, no Canadá, no Reino Unido e em Taiwan", explicou a holandesa no comunicado.

A prévia operacional mostra também que a receita na Ásia e no Pacífico subiu 10% no terceiro trimestre, para 544 milhões de euros, e na África e no Oriente Médio avançou 3,6%, para 607 milhões de euros.


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