Folha de S. Paulo


Carteira de pedidos da Embraer atinge maior valor de sua história

A carteira de pedidos firmes a entregar da fabricante de aeronaves Embraer chegou ao fim do terceiro trimestre em US$ 22,1 bilhões, o maior patamar da história da empresa. O avanço na comparação com o segundo trimestre foi de 22,1%.

A carteira, segundo a companhia, foi impulsionada principalmente pela assinatura do contrato do KC-390 e pelo pedido firme de 50 jatos E175 da Republic Airways. Nos meses de julho, agosto e setembro, a Embraer entregou 19 jatos para o mercado de aviação comercial e 15 para o de aviação executiva, totalizando 34 aeronaves no período.

Foram 16 jatos do modelo E175, 2 do tipo E190 e 1 avião E195, dentre os comerciais.

REPUBLIC E JAPAN

A empresa destaca que as aeronaves para a Republic, cujas entregas estão programadas para começar no terceiro trimestre de 2015 vão até 2017, serão operadas pela United Airlines com a marca United Express.

Outro destaque do trimestre foi o pedido firme de 15 jatos, compreendendo os modelos E170 e E190, assinado com a Japan Airlines (JAL). As entregas das novas unidades para a JAL estão previstas para começar em 2015.

Segundo a companhia, a carteira de pedidos firmes a entregar na aviação comercial somava 476 aeronaves em 30 de setembro.

AVIAÇÃO REGIONAL

Reportagem da Folha publicada segunda-feira (13) revelou que o programa de subsídios do governo federal para a aviação regional privilegia os jatos da Embraer, em detrimento de modelos como turboélice ou outros maiores da Boeing ou Airbus.

O plano, que consta de uma medida provisória que precisa ainda ser aprovada pelo Congresso Nacional neste ano, prevê a liberação de R$ 500 milhões para as empresas aéreas em 2015.

Os recursos serão repassados na forma de isenção de tarifas aeroportuárias e também em subsídio direto, correspondente ao custo operacional por passageiro. O subsídio está limitado a 50% dos assentos disponíveis, até 60 poltronas no máximo.

Pelos cálculos elaborados pelo Ministério da Fazenda e obtidos pela Folha, os aviões nas faixas de 90 a 134 assentos, que equivalem aos modelos 170/175 e 190/195 da Embraer, garantirão às empresas mais subsídios por passageiro por quilômetro voado.


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